segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Filosofia na Obra de Guimarães Rosa

Por Raquel F. Souza

Ligar os discursos filosóficos aos literários, que há na obra “Grande Sertão: veredas”, a fim de identificar a ficção e o humano que há na construção das personagens principais, tal como encontrar nos discursos intelectuais “filosóficos” o que liga tais personagens ao lugar da verossimilhança, capaz de fazer-nos aceitar o convite de Rosa à reflexão e aproximá-los da realidade; da nossa realidade; num processo constitutivo. “ A linguagem constitui a realidade” (Wittgeinsten).

Ao inserir características humanas nos personagens (tão humanos) como: medo do desconhecido; medo do mal; personalidade; falsidade (representação); maldade e amor, ao mesmo tempo, outras; João Guimarães Rosa consegue mexer com o senso intelectual do leitor/ ser humano, ao passo que constrói os personagens Diadorim e Riobaldo tão sábios e reflexivos e ao mesmo tempo tão finitos e limitados, a ponto de não conhecerem a si mesmos, apresentando assim um diálogo contrário ao socrático: “Conheça-te a ti mesmo”, caindo na eterna contradição humana: conhecer os outros, mas não conhecer a si mesmos.

Texto na íntegra:
http://www.theresacatharinacampos.com/comp2057.htm

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